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Rede Multiétnica fortalece produção de povos indígenas e de comunidades tradicionais

Apoiar o escoamento da produção artesanal, alimentar, artística e extrativista de comunidades indígenas e quilombolas, estimulando a geração de renda e o desenvolvimento socioeconômico destes povos, especialmente nesta época de pandemia, é o que move a Rede Multiétnica.

28/07/2021



Apoiar o escoamento da produção artesanal, alimentar, artística e extrativista de comunidades indígenas e quilombolas, estimulando a geração de renda e o desenvolvimento socioeconômico destes povos, especialmente nesta época de pandemia, é o que move a Rede Multiétnica, projeto criado pela Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge, localizada na Chapada dos Veadeiros (GO), e pelo Centro de Estudos Universais, associação sem fins lucrativos de São Paulo.

O propósito do projeto é, ainda, o de contribuir com os saberes tradicionais, com a cadeia produtiva de artes, artesanatos, ferramentas e alimentos e com a economia da sociobiodiversidade, objetivando reforçar as práticas culturais e estimular a salvaguarda do patrimônio material e imaterial das comunidades participantes. Entre os produtos comercializados e vendidos pela Rede Multiétnica estão camisetas estampadas com elementos da cultura Mbyá-Guarani, da Aldeia da Figueira (RS); brincos confeccionados em miçangas pelas mulheres Kayapó (PA); ajakás, cestos típicos da cultura Guarani, em diferentes tamanhos, feitos de tiras de cana de taquara; cerâmicas do povo Waurá (Alto Xingu/MT); bonecas Karajás (da Ilha do Bananal), além dos produtos alimentícios do seu Otávio Kalunga, como a fava, milho de pipoca e farinha de mandioca. Os valores das peças variam de R$ 20 a R$ 320, com vendas no atacado e no varejo pelo site www.redemultietnica.com.br. “O projeto já vinha se estruturando antes mesmo da pandemia, e se torna ainda mais necessário neste momento'', explica Glaucia Rodrigues, diretora do Centro de Estudos Universais. Para dar suporte econômico e cultural ao longo do ano a esses grupos, a Rede Multiétnica oferece apoio e ferramentas às associações que os representam, entre elas, o Instituto Kabu; o projeto Mba'eapó Tenondé; a Associação Hotxuá; a Associação Hutukara e a Associação Centro Cultural Kàjre. Para Juliano Basso, presidente da ONG Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge, as aldeias indígenas e comunidades quilombolas têm, em suas riquezas culturais e ambientais, oportunidades sustentáveis de fomentar renda em benefício de seus povos. “Há um desafio em criar capital econômico para as aldeias e comunidades, algo que não fazia parte da vida dessas populações, uma vez que tudo é monetizado atualmente. Por isso, é tão importante criar alternativas de renda que se revertam em benefícios para os indígenas e quilombolas. A aldeia tem o intuito de sensibilizar as pessoas por suas riquezas e por sua luta pela manutenção de suas crenças e formas de expressão e manifestação”, destaca.



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